Conheça o Artista: Anhanguera

Formado por Dudu Palandre e Décio Deep completa 11 anos de história , se consolidando como um dos principais representantes da house music made in Brasil. Com influências que rementem a Disco Music, ao Funky e ao Tecno, o som do Anhanguera já marcou presença em selos importantes como Robsoul (França), Guesthouse (EUA), OOMPH (EUA) e Tango (EUA), além de conquistar o apoio de grandes lendas da house music.
1. Como vocês se conheceram e iniciaram o Anhanguera?
Nos conhecemos há mais de 20 anos. Somos amigos de infância. Iniciamos o projeto Anhanguera depois que já tínhamos nos aventurado nos toca discos em algumas festas. Provavelmente fomos os primeiros djs a fazer back to back em festas de 15 anos e casamentos pelo interior de São Paulo. (risos) Depois de um tempo sem tocarmos juntos, cada um seguiu seu caminho e um dia tivemos a ideia de sentar em frente a um computador juntos com um monte de cds e samples e começamos a brincar de fazer música. Assim surgiu o Anhanguera e uma das nossas primeiras gigs foi na festa de lançamento do CD AMP MTV HOUSE que tinha uma faixa nossa.
2. Vocês têm as mesmas referências musicais ou vem de nichos diferentes?
Basicamente a gente cresceu ouvindo as mesmas coisas, hip hop, dance e pop mas claro que cada um de nós tem sua personalidade musical. Eu, Décio, sempre fui mais ligado no som deep e o Dudu no som tech. Mas foi a house music e o garage que nos conectou. Por acaso estávamos sempre curtindo a noite na Delight, um club em Sertãozinho no interior de São Paulo. Sempre no começo ou no final da noite tocavam nossas músicas preferidas. Até hoje tocamos algumas delas … Todd Terry, Masters At Work , Armand Van Helden, David Morales, Frankie Knuckles…. Esses eram nossos heróis!
3. O projeto completa 11 anos de vida, já é um caminho e tanto, o qual reflete e consolida o sucesso da parceria entre vocês dois. O que é essencial na relação profissional para uma dupla de DJs conseguir levar seu trabalho a frente por um longo período?
Existe respeito e admiração mútua. Nós dois temos consciência que sozinhos nenhum de nós teria seguido o caminho que conseguimos trilhar juntos.
4. Estar na estrada há tanto tempo dá a vocês uma visão privilegiada da cena eletrônica no Brasil, durante este tempo, o que vocês puderam observar no comportamento e crescimento da cena no Brasil?
Nós somos da época em que DJ era sinônimo de vagabundo para o pai da namorada. (risos) Hoje todo mundo acha legal ser DJ mas sofremos muito pré-conceito por amar fazer algo que ninguém entendia muito bem o que era. E depois que vencemos o pré-conceito da profissão, veio o pré-conceito com o nosso som. House Music era Underground, ser houseiro era ser sofredor. Chegamos a ficar um ano com 2 gigs apenas. Pensamos em desistir algumas vezes , mas sempre acreditamos no nosso som. Quando aqui não deu certo miramos pra Europa e para os Estados Unidos onde nossas músicas tocavam mais que na nossa terra natal. E quando o house explodiu no Brasil voltamos o canhão pra cá. Embora muita gente hoje reclame que há um excesso de djs e música ruim , a verdade é que o crescimento da cena foi positivo pra gente e principalmente pra música.
5. Por fim, o que o público da Colours pode esperar do seu set para o dia da festa?
Party time.
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